segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Castanhal inaugura sua catedral

Um dia de festa no município para os católicos do nordeste paraense, com a presença de autoridades laicas e religiosas

"O papa está em festa", afirmou o cardeal Giovanni Battista Re, representante de Bento XVI na cerimônia de dedicação da catedral de Santa Maria Mãe de Deus, sede da diocese de Castanhal, que comemorou seis anos com uma liturgia solene celebrada a partir das 8h de ontem. Foram quatro horas de emoção e manifestação de fé para os católicos do nordeste paraense. Emocionado, o bispo da diocese de Castanhal, dom Carlos Verzeletti, disse que catedral é "para a Igreja vivente que está em Castanhal, lugar de santificação e sacramento da unidade em Cristo. Os fiéis que nela entrarem sejam firmemente unidos na fé, vigorosamente coesos na esperança e amorosamente enlaçados na caridade, como povo de Deus, verdadeiro e santo."

O cardeal Giovanni Re referiu-se ao templo como "morada de Deus entre os homens" e dedicou a catedral de Castanhal à honra de Santa Maria Mãe de Deus. O representante do papa fez uma referência especial ao altar-mor trazido da Itália, "pedra preciosa e escolhida, sinal de Cristo, mesa do convívio festivo". Ele frisou que a catedral e o altar-mor foram edificados conforme as normas do Concílio do Vaticano II e destinou-os perenemente ao culto divino "para que os que deles se aproximem recebam graça, vida e salvação".

Mais de quatro mil pessoas participaram do maior evento religioso já realizado no nordeste paraense, entre os quais autoridades civis, como o governador Simão Jatene, o prefeito de Castanhal, Hélio Leite, e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Manoel Pioneiro, bem como o representante do papa Bento XVI, cardeal Giovanni Re; o núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri; o bispo emérito de Belém, dom Vicente Zico, e todos os bispos da Regional II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presbíteros, diáconos, seminaristas, religiosas e centenas de fiéis das 31 paróquias da diocese, em 25 municípios.

Nascido em Castanhal, o governador Simão Jatene congratulou-se com os católicos. "Estamos todos de parabéns, Castanhal, a região da diocese, o Pará, toda a comunidade católica do mundo. Mais do que qualquer coisa, isto aqui (a catedral) é um espaço de esperança e fé, de resgate de valores, um momento que tem a ver com a história e o futuro de Castanhal. E estou muito feliz, principalmente porque é em Castanhal, cidade do meu coração, da minha gente", afirmou Jatene, enquanto abraçava amigos, religiosos, pessoas de longa convivência.

Os ritos de dedicação da catedral, considerada "sinal da Igreja Santa, Católica e Apostólica", foram dirigidos pelo representante do papa, o cardeal Giovanni Re. Diretor das obras, Carlos Alberto Caxias dos Santos entregou ao cardeal a catedral, e este, por sua vez, a entregou a dom Carlos. "Entrai pelas portas do Senhor, dando graças, e nos seus átrios com hinos de louvor", disse o cardeal Re, dando o sinal para que se abrisse a imensa porta de bronze por onde os religiosos entraram para a solenidade litúrgica.

Dom Zico articulou título com a Santa Sé

Houve, então, a bênção da água e a aspersão, a liturgia da Palavra, a deposição das relíquias e a prece da dedicação. Seguiu-se a unção do altar e das paredes da catedral, a incensação do altar e da igreja e o canto das ofertas, quando fiéis depositaram no altar toalhas de linho, imagem de Santa Maria Mãe de Deus, flores, um cálice datado de 1.700 e a bênção da capela do Santíssimo e do Memorial. Orações e cânticos encerraram a solenidade.

Bispo emérito de Belém, dom Zico articulou, junto à Santa Sé, a criação de uma nova diocese na Amazônia, em Castanhal, e disse que a permissão de João Paulo II o surpreendeu - "mais rápido do que esperava". Dom Carlos disse que "o desafio nunca termina". "A igreja de pedra deve servir como um incentivo para que as pessoas sejam uma família que se quer bem, sem exclusão, que todos se sintam acolhidos e bem amados".

Ao final da solenidade, centenas de fiéis passaram mais de duas horas conhecendo os espaços da catedral, como a cripta eterna, a área de celebrações com capacidade para mais de 1.200 pessoas; a Casa dos Irmãos, apartamentos para hospedagem de padres, secretarias pastorais, bibliotecas, a exposição dos anos de construção da catedral, a praça dos Doze Apóstolos, a sala da Caridade, que atenderá os mais necessitados, jardins e as obras de arte - painéis e mosaicos pintados por artistas italianos e paraenses, inclusive a cruz do altar, com mais de quatro metros de altura, pintada por dom Carlos; a torre dos sinos e a porta de bronze de três toneladas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

AGENDA FEVEREIRO 2011

1 – 19:00hs - Culto Ecumênico

---- Salão D. Vicente Zico - Pe. Leonardo Neves - Cer. Alice Machado

4 – 19:00hs - Missa 15 anos - Ingrid Yani

---- SS. Trindade - Pe. Ronaldo Menezes - Cer. Liliane Cutrim

5 - 19:30hs - Cerimônia Nupcial - Hellen e Hemerson

---- O. N. Srª das Graças - Pe. Eloy Wayth - Cer. Jadson Barcelar

6 - 11:00hs - Missa - 5º Domingo TC

---- SAL - Frei Juraci Estevam

7 - 19:00hs - Missa 7º Dia - Marcia Costa G. Ferreira

---- C. Nazaré - Pe. Zezinho

9 - 20:00hs - Missa 7º Dia - Walgrand Fonseca

---- Santuario de Fátima - Mons. Cid

13 – 11:00hs - Missa - 6º Domingo TC

---- SAL - Frei Juraci Estevam

14 - 20:00hs - Missa 1º Ano José Antônio Riberio

---- Oratório N. Srª das Graças

15 - 20:00hs - Missa Formatura - Direito -UNAMA

---- Ss. Trindade - Pe. Marcos - Cer. Royal Eventos

18 - 20:00hs - Missa Formatura - Administração - FAP

---- SS. Trindade - Pe. Ronaldo Menezes - Cer. Royal Eventos

20 - 20:00hs - Missa 7º Domingo TC

---- SAL - Frei Juraci Estevam

21 - 19:00hs - Missa Formatura - Pedagogia - FAP

---- Ss. Trindade - Pe. Leonardo Neves - Cer. Royal Eventos

27 - 11:00hs - Missa 7º Domingo TC

---- SAL - Frei Juraci


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pe. Teodoro Tavares novo Bispo auxiliar de belém

O dia de ontem (16) reservou um momento especial para a igreja católica no Pará. O arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, anunciou o nome do novo bispo auxiliar da arquidiocese. O escolhido foi o reverendo padre Teodoro Mendes Tavares, que atualmente exerce seu ministério nos Estados Unidos.

O bispo será ordenado no dia 8 de maio e a cerimônia de posse, em Belém, será no dia de Corpus Christi, 23 de junho. O padre Teodoro tem 47 anos, é africano - nasceu na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. Em 1995, iniciou uma atividade missionária na prelazia de Tefé, na Amazônia, onde ficou por 15 anos. “Temos certeza que o nome escolhido foi o mais acertado para atuar em nossa região. Ele tem um currículo invejável e com certeza trará benefícios para nossa arquidiocese”, disse o arcebispo.

O pedido para que a Arquidiocese Metropolitana de Belém recebesse um bispo auxiliar partiu do próprio arcebispo. “Em julho do ano passado eu pedi para o Papa Bento XVI que ordenasse um bispo para me ajudar nas atividades da igreja. Quatro meses depois, o papa respondeu dizendo que já tinha alguns nomes. Em janeiro deste ano recebi o comunicado de que seria o padre Teodoro”, contou Dom Alberto. Ele disse ainda que as atribuições de um bispo auxiliar são as mesmas de um bispo. “Ele irá me ajudar no planejamento, na organização da arquidiocese. Será um trabalho feito em conjunto”, ressaltou.

Uma das primeiras tarefas do bispo auxiliar já está definida. É ele quem vai organizar o Encontro de Formação Teológica que acontecerá ainda no primeiro semestre deste ano, em Belém. “Ainda não o conheço pessoalmente, mas pelo contato que tivemos por telefone e pela experiência missionária que ele tem, tenho certeza que a chegada dele em nossa arquidiocese será enriquecedora”, finalizou o arcebispo.

Nome agradou a religiosos

O anúncio do novo arcebispo auxiliar foi bem recebido na arquidiocese e entre o clero na capital. Os religiosos ouvidos pelo DIÁRIO ressaltaram a jovialidade e o preparo eclesiástico de Teodoro Mendes Tavares, além do fato dele já ter conhecimento da região amazônica e da nossa realidade social.

O padre Raimundo Possidônio, vigário-geral pastoral da Arquidiocese de Belém, disse que não conhece o novo auxiliar pessoalmente, mas que “salta aos olhos a juventude e a boa formação acadêmica” do novo bispo auxiliar. “Soube que o escolhido possui vários títulos acadêmicos e uma vasta experiência pastoral, pois trabalhou por 17 anos no Estado vizinho do Amazonas. Com certeza não cairá de para-quedas aqui, pois já conhece a nossa realidade”, destaca.

Por essa vivência, Possidônio acredita que o novo auxiliar realizará um trabalho “pé no chão”. “A adaptação será bem mais rápida, sem falar que soube que o auxiliar possui raízes portuguesas e africanas. Com certeza virá somar muito”, acredita.

Padre Ronaldo Menezes, pároco da igreja da Trindade, ressaltou que o clero viu com muita satisfação a escolha. “O novo bispo auxiliar tem uma rica experiência acadêmica e pastoral. É muito capacitado intelectualmente. Terá muito a contribuir para a nossa arquidiocese”.

Padre Ronaldo lembra que o arcebispo Taveira é uma pessoa bastante ocupada e que viaja muito. “Nesse sentido, o novo bispo auxiliar será um importante instrumento e um braço do arcebispo na pastoral”. Os dois religiosos estão em Benevides, em retiro na Casa de Encontros Miriápolis. Retornam a Belém amanhã.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Concerto marca 133 anos do Theatro da Paz


Na noite de ontem (15), dois ícones da cidade de Belém fizeram aniversário e a Secretaria de Cultura do Estado ofereceu um concerto especial para celebrar os 133 anos do Theatro da Paz e o 106° aniversário do Maestro Waldemar Henrique. São dois monumentos culturais da cidade interligados pelo palco, sonoridade, sensibilidade, pela magia da expressão. Nasceram no mesmo dia. Um compõe o outro: a casa e o artista.

Repertório

A data foi comemorada com uma homenagem para esses dois monumentos da cultura de nossa cidade. No programa, canções tradicionais e raras do maestro, interpretadas por Patrícia Oliveira (Primavera, O Uirapuru, Fiz da Vida uma Canção, Suave Spleen, Meu Último Luar e Maracatu) e Carmen Monarcha (Nega Fulô, Senhora Dona Sancha, Tamba-tajá, Boi-bumbá e Foi Boto, Sinhá). No piano, Ana Maria Haddad.

Theatro da Paz

Fundado em 15 de fevereiro de 1878, o Theatro da Paz é símbolo da Belle Époque e marco histórico e arquitetônico da cidade, já tendo abrigado diversos espetáculos de artístas do Brasil e do mundo, como o compositor de Carlos Gomes e o Ballet Kirov. Depois de passar por diversas reformas está completando este ano 133 anos de funcionamento, sendo um dos teatros mais tradicionais do país.

O Theatro foi fundado durante o período áureo do Ciclo da Borracha, em que Belém era chamada de "A Capital da Borracha". Foi a época em que o governo da província contratou o engenheiro militar José Tiburcio de Magalhães para dar inicio ao projeto arquitetônico inspirado no Teatro Scalla de Milão (Itália), com decoração e pintura dos italianos Domenico D'Angelis e Capranezi.

Waldemar Henrique

O maestro Waldemar Henrique tem legado artístico que transita entre a música popular e a música erudita, porém, carregado de motivos amazônicos, o que pode ser observado nos clássicos "Foi Boto Sinhá", "Boi-Bumbá" e "Tamba Tajá" (gravado por Fafá de Belém em seu disco de estreia em 1976).

Filho de um descendente de portugueses e de uma índia, ainda na infância o maestro viajou pelo interior da Amazônia, tendo contato com os elementos da cultura e do folclore amazônicos, influências decisivas na sua obra musical. No Rio de Janeiro, trabalhou em teatros, cassinos e emissoras de rádio. Em 1966 voltou ao Pará para dirigir o Theatro da Paz, onde exerceu o cargo por 15 anos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SAL - década de 80

Frente da capela de Stº Antônio de Lisboa
Frente do Centrão

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

São Bráz


São BrásO santo de hoje nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, no final do século III. São Brás, primeiramente, foi médico, mas entrou numa crise, não profissional, pois era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade. Mas nenhuma profissão, por melhor que seja, consegue ocupar aquele lugar que é somente de Deus. Então, providencialmente, porque ele ia se abrindo e buscando a Deus, foi evangelizado. Não se sabe se já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Esta mudança não foi somente no âmbito da religião, sua busca por Nosso Senhor Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional e muitas pessoas começaram a ser evangelizadas através da busca de santidade daquele médico.

Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja. Mas, na verdade, o Senhor o estava preparando, porque, ao falecer o bispo de Sebaste, o povo, conhecendo a fama do santo eremita, foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo; não por gosto dele, mas por obediência.

Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.

São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.

São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Mas por amor a Cristo e à Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.

Conta a história que, ao se dirigir para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou e Nosso Senhor curou aquela criança.

Peçamos a intercessão do santo de hoje para que a nossa mente, a nossa garganta, o nosso coração, nossa vocação e a nossa profissão possam comunicar esse Deus, que é amor.

São Brás, rogai por nós!