quarta-feira, 29 de julho de 2009

REFLEXÃO

Não se deixe desestimular

PEDRO E SEU MACHADO


Pedro, um lenhador, após um grande trabalho em uma área de desmatamento, se viu desempregado. Após tanto tempo cortando árvores, entrou no corte!

A madeireira precisou reduzir custos...

Saiu, então, à procura de nova oportunidade de trabalho. Seu tipo físico, porém, muito franzino, fugia completamente do biótipo de um lenhador.

Além disso, o machado que carregava era desproporcional ao seu tamanho.

Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo profissional.

Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando a ser desmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente.

E ele o era! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo do Pedro e, com aquele semblante de selecionador implacável, foi dizendo que precisava de pessoas capazes de derrubar grandes árvores, e não de "catadores de gravetos".

Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um profissional experiente!

Com relutância, o capataz resolveu levar Pedro à área de desmatamento.

E só fez isso pensando que Pedro fosse servir de chacota aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote...

Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou frente a uma árvore de grande porte e, com o grito de "madeira", deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu logo no primeiro golpe.

Todos ficaram atônitos! Como era possível tão grande habilidade e que força descomunal era essa, que conseguira derrubar aquela grande árvore numa só machadada?

Logicamente, Pedro foi admitido na madeireira.

Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedro uma fonte adicional de receita.

O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores que derrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava se esforçando cada vez mais. Um dia, Pedro se nivelou aos demais.

Dias depois, encontrava-se entre os lenhadores que menos produziam...

O capataz que, apesar da sua rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo. "Não sei", respondeu Pedro, "nunca me esforcei tanto e, apesar disso, minha produção está decaindo".

O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado.

Quando o recebeu, notando que ele estava cheio de "dentes" e sem o "fio de corte", perguntou ao Pedro: "Por que você não afiou o machado?".

Pedro, surpreso, respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo de afiar a sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento e amolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foi mandado.

Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga:

conseguia derrubar as árvores com uma só machadada.

A lição que Pedro recebeu cai como uma luva sobre muitos de nós - preocupados em executar nosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que é preciso, deixamos de "amolar o nosso machado", ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos. Sem saber por que, vamos perdendo posições em nossas empresas ou nos deixando superar pelos outros.

Em outras palavras, perdemos a nossa potencialidade.

Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem. Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em 15 minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos na mesma atividade poderia dizer que tem 10 anos de experiência. Na realidade, tem 15 minutos de experiência repetida durante muitos anos.

A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho, e sim a busca incessante de novas soluções, tendo coragem de correr riscos que possam surgir.

É "perder tempo" para afiar o nosso machado.

terça-feira, 21 de julho de 2009

JORNAL


ALÔ, Patrícia Oliveira. Você é, de fato, aplaudida cantora lírica, e soprano de notáveis recursos vocais. É, também, bonita e elegante mulher.

88888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888

Momento de emoção e de alegria, segunda-feira passada,foi a missa em ação de graças pelos 80 anos do advogado Ubiratan de Aguiar (estava comovido ao lado da esposa Lourdes), celebrada pelo padre Gonçalo na Capela de São João. A organização coube a Paulo Giestas. Beleza a parte a apresentação do grupo Agnus, sob a batuta de Léo Lima e Christtian, sem falar no canto da soprano Patrícia Oliveira, que se encontra em férias em Belém, já que ela cumpre pós-graduação em canto lírico na Alemanha

Jornal Diário do Pará - Vera Castro
Edição: Ano XXVII Nº9146
Belém,Domingo - 19/07/2009



88888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888

Momentos sublimes

Na secular Igreja de São João, na Cidade Velha, vivi momentos sublimes, na segunda-feira passada, dia 13, ao cair da tarde crepuscular, na hora de Angelus. O padre José Gonçalo Vieira, Cura da Sé, coadjuvado pelo Padre Marcelo, de São Paulo, e atendendo convite do meu amigo, engenheiro e arquiteto Paulo Verbicaro Giestas, celebrou Missa em Ação de Graças aos meus 80 anos de idade, que transcorreram naquele dia. Minha família, outros parentes e amigos foram prestigiar aquela homenagem, lotando o templo, o que muito me sensibilizou.


O Grupo AGNUS, com o barítono Léo Lima e o tecladista Chistian Quintela, mais a soprano Patrícia oliveira, que a convite participou da audição


O toque musical ao ambiente foi proporcionado pelo Grupo AGNUS, um dos mais requisitados de Belém, criado pelo barítono Léo Lima, linda voz e interpretação magistral, e pelo músico e tecladista Cristhian Quintela. A notável cantora lírica paraense, a soprano Patrícia Oliveira, que está se graduando em Música, na cidade de Trieste, na Bolonha-Itália, veio passar férias em Belém e convidada pelo Léo, foi participar daquele sarau e com o barítono Léo, iniciou fazendo maravilhoso dueto, interpretando o tema 'Fantasma da Ópera'. Depois, cada um interpretou outras bem selecionadas composições, como 'Nossa Senhora', de Roberto Carlos; 'Ave Maria dos andores', de Vicente de Paiva e Jaime Redondo, composição imortalizada pela saudosa Dalva de Oliveira; 'Ave Maria', de Gounod; 'Melodia Sentimental', de Heitor Villa Lobos e Dora Vasconcelos e encerrando a maravilhosa audição interpretaram 'Amigos Para Sempre', de Jayne. Aquela cerimônia religiosa massageou o meu humilde ego e, até hoje, estou em estado de graças. Sinto como é bom viver 80 anos.


Jornal Amazônia - Grand Monde
Edição : Ano IX - Nº 3.373
Belém, Domingo. 19/07/2009


88888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888


Léo, Cristhian e Patrícia - Grupo Agnus, de Léo Lima (barítono) e Cristhian Quintela (músico), um dos mais requisitados de Belém, agrupou momentaneamente a soprano Patrícia Oliveira, que faz Belém, em férias, vindo de Triste, em Bolonha, Itália, onde finaliza sua graduação em música. Léo e Patrícia, donos de belas vozes e interpretações, participarão das celebrações da missa em ação de graças em minha homenagem, pelos 80 anos do senhor Ubiratan de Aguiar.

Jornal Amazônia - Grand Monde
Edição : Ano IX - Nº 3.366
Belém, Domingo. 12/07/2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

FOCO - Ruy Barata


RUY BARATA

Nasceu em Santarém, em 25 de junho de 1920, e morreu em São Paulo, em 23 de abril de 1990, quando pesquisava sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazônia. Homem de múltiplas atividades (advogado, cartorário, jornalista, poeta, professor e político), Ruy Barata exerceu intensa atividade política, elegendo-se deputado estadual pelo Partido Social Progressista (1947-1954, em duas legislaturas). Como jornalista, até 1964 dirigiu o suplemento literário de 'A Província do Pará', além de ter sido titular da cadeira de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Artes (mais tarde incorporada à Universidade Federal do Pará). Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido do cartório e aposentado compulsoriamente do magistério superior.

Saindo da prisão, passou a sobreviver como advogado. Com o advento da anistia, em 1979, voltou à atividade acadêmica, sendo readmitido na Universidade Federal do Pará. Publicou 'Anjo dos Abismos' e 'A Linha Imaginária' e 'Antilogia' (organizado e revisado por Ruy Barata em 1990, mas só publicado no ano de 2000). Com seu filho Paulo André Barata compôs em parceria um vasto número de canções que se tornaram referência em todo o Estado do Pará. Não se pode falar de música paraense sem que seu nome esteja presente. (ENZO CARLO BARROCCO)