sexta-feira, 26 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Santa Cecília padroeira dos músicos
domingo, 14 de novembro de 2010
AGENDA NOVEMBRO 2010
1 – 19:30hs – Missa 7º dia – Guilherme Sicsú
----SAL – Dom Vicente Zico
6 - 08:00hs - Missa 7º dia
---- Stº Antònio Mª Zaccaria - Pe. George
9 - 08:00 - Missa de despedida do Convênio Colégio CEO
---- Capela da Sagrada Família - Pe, Silvio
7 – 11:00hs – Solenidade de Todos os Santos
---- SAL – Frei Juraci Estevam
12 – 20:00hs – Cerimônia Nupcial – Camila e Bruno
---- Basílica Santuário – Pe. George (Único Espaço)
14 – 11:00hs – 33º Domingo TC
---- SAL – Frei Juraci Estevam
---- 20:30hs – Cerimônia Nupcial - Camila e Marcos
---- Pão de Stº Antônio – Pe. (Único Espaço)
15 – 20:00hs – Missa 7º dia – José Mariano Klautau de Araújo
---- Santuário de Fátima – Pe. Leonardo Neves
19 - 20:00hs – Cerimônia Nupcial
---- Ss. Trindade – Pe. Ronaldo Menezes (Único Espaço)
20 – 20:00hs – Cerimônia Nupcial – Sara & Maurício
---- Ss. Trindade – Pe. Ronaldo Menezes (Único Espaço)
---- SAL – Frei Juraci Estevam
24 - 19:00hs - Missa 30º dia - Rubens Coutinho
---- Stº Antônio Mª Zaccaria - Pe. George
25 – 19:30hs - Missa 30º Dia – Guilhermne Sicsú
---- SAL – Dom Vicente Zico
27 – 09:00hs - Reunião Frei Juraci
---- SAL - Capela
---- 20:00hs - Cerimônia Nupcial – Brenda & Marcelo
---- Ss. Trindade – Pe. Ronaldo Menezes (Rejane Feio)
---- SAL – Frei Juraci Estevam
A negatividade
Um dos maiores problemas que enfrentamos - no mundo e também dentro de nós - é a negatividade. Quer venha de atitudes, de pensamentos ou de ações, ela consegue facilmente permear toda a concepção que fazemos de nós mesmos, bem como nossa perspectiva de vida. A negatividade se origina do descontentamento. Muitas vezes, procuramos a origem desse descontentamento no lugar errado, seguindo muitas possibilidades tangenciais, sem jamais entender verdadeiramente a essência dessa condição negativa. O karma impessoal do universo tanto pode ser positivo como negativo. Entretanto, se estamos vivendo fora [de nós mesmos]e identificando-nos com todo o karma impessoal que sentimos no universo, uma sensação de insignificância pessoal começa a tomar forma na estrutura da identidade. Sentimo-nos incapazes de manifestar a qualidade e a quantidade de tudo o que flui através de nós. Esta é a principal causa da negatividade e, na realidade, ela aumenta a negatividade do mundo.
Se você tem uma sensação de insignificância com relação à estrutura da sua identidade (...) você questiona o que o mundo está lhe fazendo. Na verdade, você está tentando (...) acompanhar tudo o que sente no ambiente externo. Entretanto, isto é impossível, porque a quantidade de informações, pensamentos, sentimentos e experiências existentes no karma impessoal sempre excederá sua capacidade de absorção. Faça o que fizer, você sempre terá a sensação de estar, de certa forma, perdendo uma corrida imaginária com o mundo, que progride e se expande mais depressa do que você. O descontentamento daí resultante acarreta um estilo de vida construído sobre uma identificação com a frustração, ou sobre um sentido geral negativo do próprio valor. Para superar a negatividade é preciso que o senso de identidade emane do ser interior. Dessa forma, tudo o que você faz na vida advém do potencial que a sua alma está incitando à ação através da personalidade. Como resultado, você não estará competindo com as influências externas e sim alegremente engajado na concretização de suas possibilidades. Desse ponto de vista, a interrogação aterradora em relação ao ambiente exterior, em vez de conduzir à negatividade, ajudará você a expressar-se positivamente.
(fonte: Martin Schulman. O Ascendente: sua porta kármica. Tradução de Carmen Youssef. São Paulo, Pensamento, p. 38-9)
(fonte da imagem: www.flickr.com/galeria de hiedra)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Pecado público - Pe. Fábio de Melo
Tudo tem sido assim. A socialização da notícia é um fato novo, interessantíssimo. Possibilita a informação aos que não estavam diante da TV no momento em que foi exibida.
A internet nos oferece uma porta que nos devolve ao passado. Fico fascinado com a possibilidade de rever as aberturas dos programas do meu tempo de infância. As imagens que permaneciam vivas no inconsciente reencontram a realidade das cores, movimentos e dos sons.
Mas o que fazer quando a imagem disponível refere-se ao momento trágico da vida de uma pessoa? Indigência exposta, ferida que foi cavada pelos dedos pontiagudos da fragilidade humana? Ainda é cedo para dizer. Este novo tempo ainda balbucia suas primeiras palavras.
O certo é que a imagem eterniza o erro, o deslize. Ficará para posteridade. Estará resguardada, assim como o museu resguarda documentos que nos recordam a história do mundo.
Coisas da contemporaneidade. Os recursos tecnológicos nos permitem eternizar belezas e feiúras.
Uma fala sobre o erro. Eles nascem de nossa condição humana. Somos falíveis. É estatuto que não podemos negar. Somos insuficientes, como tão bem sugeriu o filósofo francês, Blaise Pascal. O bem que conhecemos nem sempre atinge nossas ações. Todo mundo erra. Uns mais, outros menos. Admitir os erros é questão de maturidade. Esperamos que todos o façam. É nobre assumir a verdade, esclarecer os fatos. Mais que isso. É necessário assumir as conseqüências jurídicas e morais dos erros cometidos. Não se trata de sugerir acobertamento, nem tampouco solicitar que afrouxem as regras. Quero apenas refletir sobre uma das inadequações que a vida moderna estabeleceu para a condição humana.
Tenho aprendido que o direito de colocar uma pedra sobre o erro faz parte de toda experiência de reconciliação pessoal. Virar a página, recomeçar, esquecer o peso do deslize é fundamental para que a pessoa possa ser capaz de reassumir a vida depois da queda. É como ajeitar uma peça que ficou sem encaixe. O prosseguimento requer adequação dos desajustes. E isso requer esquecer. Depois de pagar pelo erro cometido a pessoa deveria ter o direito de perder o peso da culpa. O arrependimento edifica, mas a culpa destrói.
Mas como perder o malefício do erro se a imagem perpetua no tempo o que na alma não queremos mais trazer? Nasce o impasse. O homem hoje perdoado ainda permanecerá aprisionado na imagem. A vida virtual não liberta a real, mas a coloca na perspectiva de um julgamento eterno. A morbidez do momento não se esvai da imagem. Será recordada toda vez que alguém se sentir no direito de retirar a pedra da sepultura. E assim o passado não passa, mas permanece digitalizado, pronto para reacender a dor moral que a imagem recorda.
Estamos na era dos pecados públicos. Acusadores e defensores se digladiam nos inúmeros territórios da vida virtual. Ambos a acenderem o fogo que indica o lugar onde a vítima padece. A alguns o anonimato encoraja. Gritam suas denúncias como se estivessem protegidos por uma blindagem moral. Como se também não cometessem erros. Como se estivessem em estado de absoluta coerência. No conforto de suas histórias preservadas, empunham as pedras para atacar os eleitos do momento.
O fato é que o pecador público exerce o papel de vítima expiatória social. Nele todas as iras são depositadas porque nele todas as misérias são reconhecidas. No pecado do outro nós também queremos purgar o pecado que está em nós. Em formatos diferentes, mas está. Crimes menores, maiores; não sei. Mas crimes. Deslizes diários que nos recordam que somos território da indigência. O pecador exposto na vitrine deixa de ser organismo. Em sua dignidade negada ele se transforma em mecanismo de purificação coletiva. É preciso cautela. Nossos gritos de indignação nem sempre são sinceros. Podem estar a serviço de nossos medos. Ao gritar a defesa ou a condenação podemos criar a doce e temporária sensação de que o erro é uma realidade que não nos pertence. Assumimos o direito de nos excluir da classe dos miseráveis, porque enquanto o pecador permanecer exposto em sua miséria, nós nos sentiremos protegidos.
Mas essa proteção que não protege é a mãe da hipocrisia. Dela não podemos esperar crescimento humano, nem tampouco o florescimento da misericórdia. Uma coisa é certa. Quando a misericórdia deixa de fazer parte da vida humana, tudo fica mais difícil. É a partir dela que podemos reencontrar o caminho. O erro humano só pode ser superado quando aquele que erra encontra um espaço misericordioso que o ajude a reorientar a conduta.
Nisso somos todos iguais. Acusadores e defensores. Ou há alguém entre nós que nunca tenha necessitado de ser olhado com misericórida?